A Meta, antigo Facebook, e a aceleradora Baita, com sede na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), anunciaram nesta última sexta-feira (19) a escolha das 10 startups do agronegócio para a aceleração. A escolha vem da segunda edição do programa do grupo, Campo Digital.
A segunda edição do programa tem como objetivo desenvolver soluções digitais para o agronegócio brasileiro focadas em pequenos e médios produtores. O Campo Digital é o primeiro programa da Meta para aceleração de startups voltadas à agricultura na América Latina.
As startups foram avaliadas pelos membros da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Embrapa Agricultura Digital, da Inova Unicamp, da Unife e do Instituto de Pesquisas Eldorado.
De acordo com o Canal Rural, as startups escolhidas foram:
AgroForte – São Paulo (SP) Agfintech de crédito para pequenos e médios produtores das cadeias de proteína animal. Com plataforma 100% digital, oferece crédito para adequações, compra de animais, custeio e insumos.
Fuga pras Colinas – Tapiraí (SP) Startup que orienta os produtores sobre como acessar internet de boa qualidade no campo.
Autoponia – Itajubá (MG) Startup digitaliza o cultivo hidropônico com monitoramento 24 horas, controle automático da nutrição, e relatórios com análises gráficas.
Fazenda Cheia – Florianópolis (SC) A agtech leva sua tecnologia ao rebanho bovino para acelerar a produtividade de pequenos e médios produtores rurais.
Agrity – Nova Mutum (MT) Plataforma que conecta compradores e vendedores de grãos de forma online e oferece recursos que auxiliam na condução, gerando assim maior lucro nas operações – tudo dentro de um mesmo ambiente e de uma forma ágil e segura.
Fazu Rede de Fazendas Urbanas – São Paulo (SP) A agtech instala fazendas hidropônicas em locais sem prévio uso dentro de cidades, minimizando tempo e distância entre colheita e consumo e hortaliças em grandes centros urbanos.
IDGeo – Piracicaba (SP) A startup disponibiliza diagnóstico, monitoramento e gestão remota aos produtores do campo.
Aquabit – Cascavel (PR) Plataforma inteligente para a produção de peixes e camarões. O foco são pequenos e médios produtores que buscam uma solução para auxiliar na gestão e controle da sua produção com melhoria de processos e redução de custos.
BIA Technology – São Francisco do Sul (SC) A empresa ajuda produtores de leite a identificar em oito segundos a mastite bovina com uma raquete digital.
Central do Boi – Porto Alegre (RS) Ecossistema online para facilitar a comercialização de gado e insumos para a pecuária de corte.
O que isso nos diz sobre o presente e futuro do agronegócio
Já fazem muitos anos que falamos sobre a transformação digital no campo, mas quando ela envolve um nome como o da Meta, o conglomerado de Mark Zuckerberg, essa transformação assume uma roupagem muito mais complexa.
De fato, a transformação digital no campo anda a passos largos há um bom tempo, a cada feira, safra, trimestre, bimestre, há novidades que realmente têm impacto e apresentam resultados para os agricultores. E com uma empresa como a Meta dedicando seu tempo e investimentos no avanço dessa transformação, os resultados podem ser ainda maiores que isso. Isso porque a Meta não detém apenas o Facebook, Instagram e WhatsApp, mas também possui soluções em realidade virtual e outras tecnologias.
Há muitas teorias e estudos sobre o poder mundial que a empresa possui, e as principais remontam ainda para a criação do Facebook (lembrando que a Meta não se trata apenas de redes sociais), segundo as pesquisas, ao criar o botão “curtir”, a empresa iniciou uma massiva coleta de dados de preferências dos usuários. Com isso e com o fato de ter passado a ser usada globalmente, o Facebook adquiriu um poder de influência que dificilmente será superado. Desde a sua criação, o Facebook já foi capaz de influenciar eleições presidenciais e, se isso é possível, fica evidente que em qualquer outro tipo de assunto também terá um papel protagonista.
Mas como já abordamos, isso se trata de apenas uma das diversas empresas que compõem a Meta, somando o poder de todas as áreas envolvidas, fica claro o quanto tudo que a marca toca é revolucionado, e com o recente interesse no agronegócio, podemos esperar muitas novidades no setor a curto e longo prazo.
O avanço ininterrupto da tecnologia no agro
Segundo um estudo recente realizado pela Associação Brasileira de Startups em parceria com a Dell Technologies, o Brasil já conta com 299 startups (empresas em estágio inicial de atuação e focadas em inovação) com atuação voltada ao agronegócio. Trata-se de um segmento em expansão que deve acelerar ainda mais os avanços no campo no país, uma vez que, ainda segundo o estudo, 47% dessas startups receberam investimentos externos em 2020 – quase o dobro da média geral em outros setores (26,7%).
Ainda, de acordo com projeção do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, a participação do agronegócio no PIB de 2021 deve ser de mais de 30%. Segundo um estudo desenvolvido pela consultoria McKinsey em parceria com o Insper, “em 2020, o agricultor brasileiro foi, em média, o profissional que mais utilizou os meios digitais em suas atividades”. E isso só tende a aumentar.
Conclusão
O que vemos, portanto, é a intensificação não só da busca dos agricultores por tecnologia, mas da própria tecnologia buscando no agro formas de se manter relevante. O que podemos concluir é que, na próxima década, veremos uma transformação ainda mais intensa do que vimos nas últimas décadas. Os agronegócios estão mais abertos às novidades e a tecnologia cada vez mais inclinada para solucionar cada desafio dos agricultores.
Conheça o Agrotitan
Desenvolvido por quem é especialista no agronegócio e entende o que você faz, o Agrotitan oferece as melhores soluções para que você conquiste processos eficientes e crescimento sustentável e escalável dos negócios.
Para cada necessidade ou desafio, o Agrotitan tem uma solução para o seu agronegócio. Conheça-as acessando viasoft.com.br/agrotitan
