Segundo uma pesquisa da Isma-BR (representante local da International Stress Management Association), nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentam algum sintoma/nível de ansiedade. Destes, 47% sofrem algum nível de depressão.

Outra pesquisa do Ministério da Previdência Social, entorno do mesmo assunto, concluiu que transtornos mentais e emocionais são a segunda maior causa de afastamento do trabalho.

A OMS também emitiu um alerta sobre isso: uma em cada quatro pessoas sofrerá com algum transtorno da mente em algum momento da vida.

Mesmo com todos esses fatos e alertas, apenas 18% das empresas investem em programas para cuidar da saúde mental de seus colaboradores.

Essa negligência custa caro

Trabalhadores mentalmente adoecidos faltam muito mais o trabalho, isso significa uma demanda de trabalho muito maior àqueles que se fazem presentes e uma queda notável na produtividade da equipe.

Colaboradores infelizes, muitas vezes vão trabalhar apenas com o corpo, deixando a mente em outro lugar. Em quase todos os casos fazem isso por medo, tanto de serem demitidas quanto de contar, de fato, que não está saudável. Isso porque, no universo corporativa, doenças como depressão, ansiedade, etc. ainda são um tabu.

 

Aquilo que não pode ser nomeado

Doenças que afetam a mente ainda são vistas como uma “não-doença”, dificilmente ou nunca entram em pauta em reuniões ou temas trabalhados por sindicatos e empresas. A consequência disso são empresas sem aparato algum para garantir a saúde mental de seus colaboradores e, ainda, a falta de profissionais da saúde mental capacitados para atuar na área corporativa.

O preço chega uma hora ou outra

Em algum momento essa negligência chegará (ou já chegou) na qualidade e produtividade das empresas e contornar esse problema custará muito mais que tratá-lo desde agora. Quanto maior o crescimento da empresa, mais evidente esse problema, se não resolvida, ficará. Se nove em cada dez trabalhadores apresenta de alguma forma sintomas que podem desencadear um problema mais sério, imagine a proporção disso em empresas de 100, 200 colaboradores. Por isso, é preciso tratar as doenças mentais com a importância que elas têm, respeitando os colaboradores. Fazer parte dos 82% que não têm programas que cuidam da saúde mental dos trabalhadores não deveria nem ser uma opção, uma vez que o que não faltam são artigos, pesquisas e estudos provando que, sim, tudo funciona “mais e melhor” quando realizado por pessoas mentalmente saudáveis.

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