Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o desperdício de alimentos no Brasil acontece em toda a cadeia de produção:
- 10% do que é colhido se perde ainda no campo
- 50% durante é desperdiçado no manuseio e transporte
- 30% perdido na comercialização e abastecimento
- E 10% é jogado fora nos supermercados, restaurantes e em nossas próprias casas
E isso não impacta somente a sociedade na área ambiental e de sustentabilidade, também diz respeito à economia e desenvolvimento do agro.
O que é a amostragem de grãos
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o objetivo da amostragem é a obtenção de uma porção representativa do lote de grãos, destinada a indicar sua natureza, qualidade e tipo. Essa amostra deverá ter características similares, em todos os aspectos, às características médias do lote da qual foi retirada, pois a quantidade de grãos a ser analisada é, em geral, muito pequena em relação ao tamanho do lote que se supõe representar.
A coleta de amostras é feita tanto no recebimento do produto como durante as etapas de pré-processamento e armazenagem, ou ainda, por ocasião da sua expedição ou comercialização.
Na recepção, de preferência antes da pesagem da carga que está sendo recebida, faz-se a pré-amostragem, quando procura-se verificar a qualidade e determinar o percentual de impurezas e o percentual de umidade do produto.
Pela pré-amostragem decide-se sobre o destino do produto, ou seja, se há necessidade de limpeza, secagem ou armazenamento imediato, ou até se deve ser rejeitado.
Antes da descarga, é feita a amostragem para determinar o teor de umidade, teor de impurezas, classificação do produto e, no caso do trigo, a determinação do peso hectolítrico. Durante o armazenamento, é feita amostragem para verificar a ocorrência de insetos, roedores, deterioração, teor de umidade do produto, além da sua classificação.
Por ocasião da expedição ou comercialização, a amostragem tem por finalidade dirimir dúvidas posteriores quanto à natureza e características do produto expedido.
A origem dos danos causados ao grão a ser estocado encontra-se relacionada ao manejo da cultura, estado de maturidade do grão, forma de colheita e transporte. Assim sendo, os primeiros cuidados a serem observados para o início de uma atividade armazenadora estariam intimamente relacionados ao conhecimento da sanidade, teor de umidade e grau de impurezas do grão.
Desse modo, o procedimento de amostragem relativo a um determinado lote de grãos a partir de seu recebimento em uma Unidade Armazenadora é um dos pontos de grande importância para o sucesso de seu armazenamento, já que esta vai proporcionar o perfeito conhecimento das condições qualitativas dos grãos para adoção dos adequados procedimentos operacionais no decorrer de sua armazenagem nos armazéns e silos.
Fonte: conab.gov.br
Os benefícios da amostragem
Na prática, a amostragem diz respeito à retirada de uma porção de grãos de diferentes pontos do lote. O principal objetivo é determinar a qualidade apresentada.
Durante o armazenamento, principalmente o armazenamento de longo prazo, os grãos ficam suscetíveis a mudanças causadas pelo calor, umidade e pragas, como descrito no boletim da Conab.
Contudo, depois da colheita, a qualidade dos grãos não pode ser melhorada, apenas conservada. Daí a importância das análises aprofundadas sobre os grãos recebidos. A amostragem será capaz de apontar qual o beneficiamento necessário (pré-limpeza, limpeza, secagem).
A amostragem também indica sob quais condições os grãos deverão ser armazenados e o melhor prazo para serem comercializados de acordo com a finalidade, visando minimizar perdas e melhorar os processos.
Quanto mais dados você coletar e registrar a respeito da amostragem realizada, maior valor essas informações terão no futuro, pois elas representam um importante diagnóstico a respeito dos potenciais problemas e melhorias que podem ser implementadas em várias etapas da operação. Jamais subestime qualquer análise.
Como diz o famoso ditado “você não pode gerenciar aquilo que não mede”: cada grão levou tempo, recursos, mão de obra e dinheiro para ser produzido, é preciso dar a devida importância.
Métodos de amostragem de grãos: tipos de amostras
Segundo o manual de Regras para Análise de Sementes (RAS), diferentes tipos de amostras são realizadas até que seja formada a amostra de trabalho final (aquela analisada em laboratório).
Amostra simples
Pequena porção de sementes ou grãos retirada de um ponto aleatório do lote.
Amostra composta
É formada pela junção de todas as amostras simples (retiradas de cada um dos pontos amostrados). Deve ser devidamente reduzida (seguindo metodologia padrão) para envio ao laboratório, uma vez que é formada por uma quantidade superior ao necessário.
Amostra média
É a amostra recebida pelo laboratório para ser submetida à análise. Deve obedecer tamanho mínimo, especificado nas Regras para Análise de Sementes.
Amostra duplicata
É a mesma amostra obtida da amostra composta. É obtida para fins de fiscalização e para casos de reanálise.
É armazenada nas unidades de beneficiamento e recebimento de grãos por até cinco anos, para eventuais contestações ou problemas associados ao lote comercializado.
Amostra de trabalho
É obtida por homogeneização (mistura) e redução até os pesos mínimos requeridos pelas regras, utilizada em laboratório para as análises.
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As Instruções Normativas estabelecem limites máximos tolerados para defeitos na comercialização de grãos, quando há irregularidades, os lotes correm o risco de serem descartados.
Com isso, a importância de um processo eficiente de amostragem é imprescindível, pois, com o armazenamento inadequado, há um ambiente fértil para as irregularidades.
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