Plantar cana-de-açúcar e algodão na Lua. Criar um coração em impressora 3D que pode ser utilizado no corpo humano. Uma rave com dez milhões de participantes 100% digital, realizada dentro de um game. Com esses exemplos, Gil Giardelli abriu sua palestra “Economia da inteligência artificial – a era dos intangíveis” na Viasoft Connect 2019.
De acordo com o Giardelli, que é professor, roboticista e estudioso de inovação, a era tech em que vivemos é fruto de uma complexa equação. Envolve elementos de inovação – tecnologias, startups, cultura disruptiva – e características comportamentais, como resiliência e espírito empreendedor. “Toda inovação passa, obrigatoriamente, pela habilidade emocional de quem a realiza”, disse Giardelli.
Se antes o futuro parecia distante, visto somente em filmes, hoje bate à porta o tempo todo, criando desafios naturais de adaptação. “O mundo atual é mais emocionante que a ficção científica”, citou Giardelli. “Estamos nos tempos do pós-normal. Repleto de Contradições, Complexidade e Caos. E caminhamos para transformar esses três C´s em Colaboração, Conectividade e Criação”. Segundo o professor, falar de futuro ainda é difícil porque não há uma cultura preditiva no país. “Empresas, governos e companhias precisam trabalhar com previsões testáveis. Já há tecnologia e pessoas aptas para isso, mas é preciso enfrentar a correnteza. Só conseguimos evoluir a partir de divergências”, disse Giardelli.
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