O varejo de alimentos vai mudar mais nos próximos vinte anos do que em toda a história do varejo. Isso se deve à sísmica mudança nos hábitos de compras dos consumidores: eles estão enchendo cestas menores durante a ida aos supermercados. A mudança de comportamento também se nota no fato de que o consumo online está mais forte do que nunca. O que muda para as estratégias de gestão e operação dos supermercados com tudo isso em jogo?
Além disso, muitas frentes estão convergindo no varejo de alimentos. Muitos estabelecimentos que eram considerados supermercados, hoje são vistos apenas como pontos de conveniência. Para ser um supermercado e, sobretudo, ter o faturamento de um estabelecimento desse porte, é preciso ter uma série de atributos e em uma dimensão robusta para o negócio.
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É por isso que no setor dos supermercados, os canais de venda estão emergindo cada vez mais, seja entre diferentes tipos de varejo, alimentos, vestuário, etc., seja entre plataformas, física, online. Vale a pena notar como essa dinâmica se estabeleceu pelo mundo e ver como isso tem obtido sucesso é uma garantia de que isso funcionará aqui também.
Em quais os supermercados os consumidores estão comprando?
Já se foram os dias em que o consumidor só comprava no mercadinho da vizinhança. Hoje, não é impossível para o comprador encontrar uma refeição pronta até na farmácia. Sim, muitas drogarias oferecem até pneus, provando o que falamos até agora sobre todos os canais de compra convergindo para conquistar mais clientes. Não existem mais nichos limitados as especialidades de cada segmento do varejo. A especialidade do varejo, a partir de agora, tem que ser estar preparado para todo tipo de comércio em todo tipo de canais.
De acordo com pesquisas na Nielsen no ano de 2018, as idas ao supermercado, de fato aumentaram nesse ano, mesmo com o aumento também disparado das compras online. Mas o que se percebe é que enquanto as idas aos supermercados que aumentaram seus nichos oferecendo muito mais produtos, outras frequências em lojas como de materiais de construção e eletrodomésticos diminuíram.
Esse declínio em outros setores pode ser devido a muitos fatores e, o principal deles é que o estilo de vida dos consumidores atuais mudou com a expansão das áreas urbanas, onde os lares podem não ter muito espaço físico para guardar compras em grandes quantidades como as que se fazem em lojas de materiais de construção e eletrodomésticos, e por isso quem vai as compras nessas condições adere as opções mais compactas oferecidas por supermercados e até pontos de conveniência.
O sortimento dos supermercados é agora uma missão desafiadora para o segmento.
A procura aumentou para os supermercados, por isso a oferta também teve que aumentar consideravelmente em muitas categorias. A despeito do canal de compra, a crescente integração de vários setores do varejo e canais de compra permanecerá a sacudir essa indústria do consumo de não-duráveis ou duráveis por médios períodos, por muito tempo.
Para atender a tudo isso, os supermercados vão ter que abrir mais o seu leque de especificidades e atentar a diversas novas particularidades na gestão.
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